domingo, 8 de fevereiro de 2009

Cause I know how it hurts...

Eu me propus uma experiência. Comer sem muitas preocupações. Por um mês, me esqueci das minhas paranoias, me esqueci de alguns medos, me esqueci de me controlar. Na maior parte do tempo. E no que isso resultou? Menos oscilações no meu peso. Até um pequeno emagrecimento. Também levei um grande susto. Passei muito mal. Mesmo. Como nunca havia passado. Junte as duas coisas, no que dá? Consciência. Consciência de que posso me matar e posso me salvar. De que a reeducação alimentar pode funcionar. De que, como já tentei de quase tudo, posso tentar isso.

Hoje, lembrei-me do que havia sido proposto. Lembrei-me do que desejo, mas não me esqueci do preço que eu não quero pagar. Vou perder os quilos que quero. Mas não vou perder minha vida. Não recorro mais à bulimia. Não sei se estou livre de sua 'irmã'. Enfim, cansei de contar calorias, fechar a boca e por tudo a perder depois. Cansei da falta de resultados. Cansei do medo de prejudicar minha vida.

Aqui não entra mais contagem de calorias. Não entram mais cortes. Não entram mais vômitos forçados.

Agora, desabafos, porque ninguém é de ferro e isso é, e sempre foi, um diário pessoal. Artigos saudáveis. Pensamentos positivos. Vitórias.

domingo, 7 de dezembro de 2008

And it will make you lie.

Férias chegaram. Férias de fim de ano. Não vou pensar no ano que passou, apenas no que virá e no que posso fazer para estar, pelo menos um pouco melhor do que agora até lá.

Ainda tenho minhas espectativas. Elas continuam altas, e não só quanto a meu peso. Continuo a mesma tonta de sempre, mas tudo bem. Já fui muito mais sentimental do que sou hoje. A vida de endurece, cara. Yo yo, manow!

Até quarta à noite, pretendo estar um pouco mais apresentável. Okay, quase impossível, já que vou passar a segunda feira em casa. Tola como sou, defini essa data por causa de algo que pode nem acontecer. Mas, sinceramente? É bom ter alguma coisa na qual se segurar e uma data assim, tão em cima da hora. Quero perder no mínimo um quilo até quarta.E, perto do meu progresso nos últimos meses, isso já uma dificuldade imensa.

Então, menos 'quero' e mais 'vou'. A lista de coisas, e seus respectivos dias, que me ajudarão a conseguir o que eu quero.

segunda.
Bom, como não vou para a faculdade (o que me faria andar e me exercitar, titica...), me forçarei a ir caminhas e, antes disso, me pesar. Já que minha preguiça aumenta com o passar do dia, isso deverá ser feio após o café da manhã. Caminharei por uma hora e meia, a passos rápidos. Chegando em casa, iniciarei a arrumação do meu quarto. À tarde, dançarei quatro músicas e farei 30 abdominais. Só então me permitirei ligar o computador, sempre ao som de músicas animadas, dançando na cadeira! o/
terça.
Tenho que estar na faculdade de manhã. Dessa forma, não vou precisar almoçar e, no lanche, comerei uma maçã apenas. Andarei o máximo possível. Chegando em casa, dançar 8 músicas e fazer 50 abdominais.
quarta.
Após o café e o texto que devo escrever, caminhar por uma hora. Para isso, levantar cedo. Dançar 4 músicas e fazer 60 abdominais. No almoço, comer uma salada, alegando falta de fome pelo horário. À tarde, comer apenas uma maça e não lanchar pela noite, ou comer uma fruta, dizendo que vou comer novamente o maravilhoso pastel experimentado semana passada.

Okay. Preciso de disciplina para isso. Tenho meus motivos e não posso me esquecer deles. Tudo vai dar certo, eu sei que vai.

domingo, 23 de novembro de 2008

"I know the right words to say
Like 'I don't feel well', 'I ate before I came'"



As compulsões são coisas engraçadas. Meio subjetivas, quem sabe. Eu vejo qualquer grande deslize não projetado como uma compulsão.Se me planejo para não almoçar e como, por exemplo, um salgado de hambúrguer, isso é uma compulsão.

Elas são, basicamente, fruto da minha falta de organização. Se tivesse um cardápio pronto para cada dia, definido na véspera, tudo seria mais fácil. É claro, também tenho que evitar estar na companhia de pessoas que vão comer, pelo menos agora no (re)início. As compulsões são, também, uma forma que encontro para descontar as frustrações diárias e o vazio que sinto às vezes. O vazio, infelizmente, não cosegue ser preenchido e pede mais, sempre mais...

Em casa, é raro tê-las. Fico quieta no meu quarto, não vejo pessoas comendo, e não tenho os tentadores salgados à minha volta. Também não tenho a velha desculpa do 'não vou almoçar, então, posso comer esse salgadinho'. Tão inho, que vale por mais que uma refeição.

É tudo uma questão de prioridades, e de constantemente me lembrar dessas prioridades. O que eu quero? A satisfação de um prazer momentâneo ou a felicidade do corpo que almejo há tanto tempo? A resposta é tão óbvia que dá até dó da primeira opção. O problema é me lembrar constantemnte disso.

Estou voltando a assistir Skins, a Cassie me anima um bocado. Ela é tão, mas tão xuxu! E, creio eu, estou de volta com todo. Here it goes again!
"Mas eu não quero ficar entre gente maluca", Alice retrucou.
"Oh, você não tem saída", disse o Gato, "nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca."



Não tive coragem de voltar ao outro blog. Não enquanto não tivesse uma real evolução. Mas, com o tempo, percebi que não há melhora sem esse mundo aqui. Para mim, é impossível.

Recomeçar. Quantas vezes já não fiz isso? E quantas vezes não falhei nisso? Mas, sem pessimismos. E quero e eu vou conseguir. Nem que seja a última coisa que eu faça.

"Pode-se corrigir o passado com o futuro".
Fénelon

- "You jump, I jump, Jack."
Todas já pularam e eu olho da beirada o mar que me aguarda. Tudo que eu mais quero, que eu mais preciso. Alguém, algum tripulante caridoso que restou, me dê um empurrãozinho. Ou uma das que já estão em alto mar, volte e me dê a mão. Minhas pernas falham, mas não desistem.
Cedo ou tarde, o mar.
Ai ai, divagações de quinta a noite. [06/07/07] -
 
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